22/04/2012

Amar é arriscar. Tudo.


"O amor é algo de extraordinário e muito raro.

Ao contrário do que se pensa não é universal, não está ao alcance de todos, muito poucos o mantêm aqui. Chama-se amor a muita coisa, desde todos os seus fingimentos até ao seu contrário: o egoísmo.
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Amar é dar a vida a um outro. A sua. A única. Arriscar tudo. Tudo. A magnífica beleza do amor reside na total ausência de plano de contingência. Quando se ama, entrega-se a vida toda, ali, desprotegido, correndo o tremendo risco de ficar completamente só, assumindo-se com coragem e dando um passo adiante. Por isso a morte pode ser tão pouco diante do amor. Quase nada. Ama-se por cima da morte, porquanto o fim não é o momento em que as coisas se separam, mas o ponto em que acabam.

Não é por respirar que estamos vivos, mas é por não amar que estamos mortos.

De pouco vale viver uma vida inteira se não sentimos que o mais valioso que temos, o que somos, não é para nós, serve precisamente para oferecermos. Sim, sem porquê nem para quê. Sim, de mãos abertas. Sim…. porque ainda além de tudo o que aqui existe, há um mundo onde vivem para sempre todos os que ousaram amar…"

Por José Luís Martins, investigador

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