18/03/2011

A verdadeira gente da luta

A propósito da manifestação, da geração à rasca, e da luta que há em Portugal para se travar, tenho que concordar com a Rafa http://odisseando.blogspot.com/2011/03/eis-verdadeira-gente-da-luta.html.
E também com a Filipa http://olhosdeneptuno.blogspot.com/2011/03/nao-sei-para-que-grau-de-iluminacao.html.

O caminho faz-se .... caminhando.
Como dizia um amigo: quem ganha a vida na cama são ...
Por isso todos temos que lutar, como fizeram os nossos avós e os nossos pais.
Arregaçar as mangas, não olhar para trás, para a boa vida que foi possível manter acima das reais possibilidades que existiam, e trabalhar, trabalhar muito.
Porque se vão os anéis, mas ficam os dedos e esses têm que produzir algo para alimentar a boca.
Pedir a Deus saúde e sorte, sempre.
Mas procurar as oportunidades, criar as oportunidades, que de nada vale ficar à espera que elas apareçam, porque isso foram outros tempos, não estes.
Tem que se sair da zona de conforto, se necessário mudar de cidade, de país, de profissão. Perder algum estatuto social que existiu.
Custa. 
Muito, mas isso é a luta que tem para se travar agora.

2 comentários:

Rafa disse...

Querida H, muito obrigada pela referência no teu espaço.
Esta história da manifestação tem dado muito que falar...mas fico feliz por haver vozes concordantes, pelo menos. Este post trouxe-me muitos dissabores - fui até desamigada no Facebook por algumas pessoas...mas olha, pelo menos existe a liberdade de escrevermos e pensarmos o que quisermos, certo? Pelo menos isso. Um abraço e até já.

H disse...

Todos sabemos que não há regra sem excepção e quem for minimamente esclarecido percebe-nos. Mas é muito difícil, para quem decidiu emigrar e lutar por um futuro melhor (e não quero dizer que todos tenham que o fazer, nem que seja essa a solução de todos os problemas) ver muita gente queixar-se mas não lutar para mudar a situação. Porque o caminho será certamente difícil, não tenhamos ilusões, mas tem que ser percorrido, exigirá muitos sacrifícios.
Nas empresas por onde passei nos últimos dois anos vi muitos homens, com família, filhos para alimentar, desempregados, que tentaram emigrar. Mas que ao fim de 2 dias, um semana, desistiam e voltavam a Portugal sem qualquer perspectivas de futuro. Para mim isso não é lutar.
E quantos licenciados se queixam de falta de emprego, mas que não aceitam trabalhos que consideram desprestigiam o "suposto" estatuto social que pensam ter?
Deviam ver o exemplo de n países mais evoluídos, a quantidade de licenciados que trabalham em áreas que nada têm a ver com o que estudaram. Mas a formação, o conhecimento ninguém lhe tira. Teóricamente têm ferramentas que quem não estuda não terá.
A vida é injusta? Pois é, ninguém disse o contrário.