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11/09/2014
23/01/2014
14/01/2014
5 & counting
Há datas que marcam a nossa vida para sempre.
15 de Janeiro é um desses dias. Há 5 anos atrás chegava a
Angola para um “tipo” de projecto de vida que nem eu sabia bem o que era.
Por diversas razões, profissionais e pessoais, decidi correr
o risco e seguir o desafio, sabendo no entanto que tinha guardado o plano V.
Voltar era uma opção a qualquer momento. Mas no limite, eu que sou determinada
e que luto o melhor que sei e posso para que os meus projectos e desafios deem
certo, ficaria expatriada três, talvez cinco anos.
Assim, a esta altura já estaria de volta a Casa.
Casa. Voltar. Palavras que me passam pela cabeça vezes sem
conta, mas que por muitas mais razões que as que me levaram a partir, estas me
impedem de voltar.
Nas férias, certamente. Um dia, felizmente, em definitivo.
Por agora passei só de expatriada a emigrante.
Nestes cinco anos cresci tanto como pessoa, como nos
restantes. Aprendi a dar a cara aos desafios, mesmo se por dentro estivesse
destruída. Aprendi a engolir sapos do tamanho de bisontes. Perdi a capacidade
de rir à gargalhada e o sorriso não faz parte de grande parte dos meus dias
(vá, poupo no creme anti-rugas). Endureci. Cresceu-me uma “carapaça invisível”
que muitas vezes me protege do ambiente hostil, mas que ainda é suficientemente
fina para me deixar emocionar às vezes.
Sinto esta vida como uma batalha constante, na qual nunca
posso baixar os braços nem as defesas. As ameaças e traições aparecem de onde
se espera e de onde não se espera também.
Estes têm sido os anos mais difíceis da minha vida.
Nestes anos consegui fazer poupanças, ajudar pessoas que me
são próximas, apoiar outras, fazer amigos, aprender muito (até coisas que eu
preferia nunca ter aprendido).
Conheci algumas das melhores pessoas com quem já me cruzei
na vida, mas também me cruzei com as piores. Embora tenha feito amigos, são francamente menos que os amigos de quem me afastei no meu país.
Embora tenha ganho dinheiro, esse não paga os dias que deixei de estar com os Meus, nos bons momentos, nos maus momentos. Deixei de ver envelhecer as pessoas que me criaram e de ver crescer as minhas princesas e todos os sobrinhos “emprestados”.
Há opções que tomamos na vida, de que nos orgulhamos. Outras, aprendemos a sobreviver com elas.
Eu orgulho-me de ter a liberdade de escolher o rumo que tomo, de não ter deixado a vida escolher por mim, e de ter opções.
Deus devolveu-me a saúde. Acredito que me vai guiar pelo caminho certo. Só espero que nessa hora eu esteja atenta e reconheça os sinais.
23/09/2013
Há festa em Angola
Angola é o país anfitrião do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins.
Portugal é um dos países participantes e assumidamente um candidato ao título.
Apesar de na história contar com vários, há já 10 anos que não vence.
Este ano está a lutar por ele num país onde muitos portugueses lutaram e ainda lutam.
Há centenas de anos lutaram por uma colónia, por um modo de vida.
Há algumas décadas lutaram uma guerra.
Actualmente muitos portugueses lutam em Angola por uma vida melhor, e estarão a apoiar a Selecção.
A Selecção que esperamos lute tanto ou mais que nós dentro do ringue.
Muita gente não "vê" a quantidade de portugueses que, devido ao investimento angolano neste campeonato, este ano tem emprego em Portugal.
Existe uma quantidade considerável de empresas portuguesas que manteve a sua actividade porque recebeu encomendas inesperadas.
O número de portugueses que veio a Angola prestar serviços nestas construções ou na organização do evento não deve ser esquecido.
A construção e organização são angolanas, mas nos bastidores os tugas deram cartas.
14/09/2013
Fenómenos de Luanda
Há uma tradição em Luanda (ou Angola, talvez) de realizar os casamentos no final do dia. Muitos à 5ª feira, mas particularmente à 6ª, prolongando as festas por todo o fim de semana.
Como os casais consideram que Luanda não tem muitos espaços com beleza suficiente para as fotos do album de casamento, escolhem alguns espaços (poucos) onde todos se reúnem para as fotografias da praxe.
Quando vim viver para cá, o espaço preferido era uma rotunda designada 1º de Maio.
Desde que a Nova Marginal de Luanda foi inaugurada, é o local de eleição.
Famílias inteiras (e família Angolana é GRANDE) passeiam-se pelos jardins, nos seus melhores vestidos e fatos, nas sessões fotográficas.
É um fenómeno que vale a pena ver.
Ontem, em cerca de 30 minutos que estive por lá coincidiram no mesmo espaço 6 casamentos.
Como os casais consideram que Luanda não tem muitos espaços com beleza suficiente para as fotos do album de casamento, escolhem alguns espaços (poucos) onde todos se reúnem para as fotografias da praxe.
Quando vim viver para cá, o espaço preferido era uma rotunda designada 1º de Maio.
Desde que a Nova Marginal de Luanda foi inaugurada, é o local de eleição.
Famílias inteiras (e família Angolana é GRANDE) passeiam-se pelos jardins, nos seus melhores vestidos e fatos, nas sessões fotográficas.
É um fenómeno que vale a pena ver.
Ontem, em cerca de 30 minutos que estive por lá coincidiram no mesmo espaço 6 casamentos.
10/09/2013
18/08/2013
Só em Angola
Recolher os retrovisores sempre que se estaciona o carro.
Já viram isto em alguma outra parte do mundo?
16/08/2013
Etapas da vida
Hoje deixei para trás mais uma etapa da minha vida profissional.
Um emprego que profissionalmente não me realizou. Uma equipa sem líder e sem objectivos definidos que não fossem o vencimento no final do mês. Como certamente muitas, em Angola.
Daqui levo amigos. Poucos. Mas muitos conhecidos. Gente simples, gente importante, angolanos e estrangeiros de muitas nacionalidades.
Muitos completamente convencidos de que se trata de um grande grupo, mas que na realidade não passa de uma fachada para algo. Algo que nem eu comprendi bem.
Aprendi alguma coisa. Desaprendi muito.
É com mágoa que vejo colegas felizes por mim, e que gostariam de estar no meu lugar.
Que ainda não conseguiram dar o passo seguinte.
Hoje começam as tão merecidas férias.
E começa uma etapa profissional que nunca foi a minha ambição: ser empresária.
Passei de, como dizia uma amiga: "biscateira", a alguém que faz de tudo um pouco, para voltar a dedicar-me exclusivamente a uma àrea de que gosto muito.
Espero que a serenidade com que encaro esta nova aventura seja sinónimo de que vai dar certo.
Um emprego que profissionalmente não me realizou. Uma equipa sem líder e sem objectivos definidos que não fossem o vencimento no final do mês. Como certamente muitas, em Angola.
Daqui levo amigos. Poucos. Mas muitos conhecidos. Gente simples, gente importante, angolanos e estrangeiros de muitas nacionalidades.
Muitos completamente convencidos de que se trata de um grande grupo, mas que na realidade não passa de uma fachada para algo. Algo que nem eu comprendi bem.
Aprendi alguma coisa. Desaprendi muito.
É com mágoa que vejo colegas felizes por mim, e que gostariam de estar no meu lugar.
Que ainda não conseguiram dar o passo seguinte.
Hoje começam as tão merecidas férias.
E começa uma etapa profissional que nunca foi a minha ambição: ser empresária.
Passei de, como dizia uma amiga: "biscateira", a alguém que faz de tudo um pouco, para voltar a dedicar-me exclusivamente a uma àrea de que gosto muito.
Espero que a serenidade com que encaro esta nova aventura seja sinónimo de que vai dar certo.
16/07/2013
Luanda está a evoluir a olhos vistos
Imaginem que já chegou cá o Melhor bolo de chocolate do mundo!
E nos últimos meses abriram pelo menos 3 gelatarias.
Quando me lembro que quando cheguei (há mais de 4 anos) era muito, muito dificil comprar um gelado (e impossível comprar um que não tivesse congelado e descongelado n vezes).
E nos últimos meses abriram pelo menos 3 gelatarias.
Quando me lembro que quando cheguei (há mais de 4 anos) era muito, muito dificil comprar um gelado (e impossível comprar um que não tivesse congelado e descongelado n vezes).
02/06/2013
O cacimbo voltou
Voltaram os dias cinzentos, tristes e mornos.
O céu azul fica escondido por detrás de um nevoeiro alto até Setembro.
As temperaturas são "primaveris".
O céu azul fica escondido por detrás de um nevoeiro alto até Setembro.
As temperaturas são "primaveris".
02/02/2013
Decisões de Ano Novo
A felicidade constrói-se com diversos componentes.
A minha pelo menos.
A saúde, minha e dos que me são queridos, em primeiro lugar.
O trabalho também é muito importante, porque nos levantamos cada dia com animo e alegria, ou então com aquela vontade de desaparecer ou de ficar enroladinha todo o dia porque não gostamos do que fazemos.
Comecei este ano decidida que a minha vida tinha que mudar.
E a partir deste mês abdico de metade da segurança de um salário e outras regalias, para fazer um trabalho independente.
Estou confiante que correr o risco vai compensar financeiramente. Mas se neste campo não compensar, pelo menos sinto-me mais feliz e há coisas no mundo que o dinheiro não paga.
Dizem que a "sorte protege os audazes". Já era tempinho de ser a minha vez.
29/01/2013
e água
A água acabou faz mais de 5 dias.
Por enquanto vai-se gerindo com bidon, um balde e um jarro de plástico.
Mas finalmente descobri uma táctica para não dar gritos com o banho de balde. É só retirar a água do bidon que está na varanda pouco antes do banho. Lá fora a água está mais quentinha que dentro de casa.
Por cá estamos no "pico" do Verão. Durante o dia temos uns 35 graus e céu completamente aberto, por isso não é possível dispensar o banho.
O problema será quando terminar a água do bidon. Aí só mesmo água engarrafda ou então mandar vir o camião cisterna.
Todos os dias espero que seja o último e que a água volte a correr nos canos.
Podem fazer estradas, monumentos, arranha céus. Mas enquanto não tivermos luz e água não deixaremos de viver num país sub-desenvolvido.
03/01/2013
23/11/2012
30/06/2012
19/06/2012
"Amostra" de Luanda
De volta a África.
Resolvi fazer uma pequena experiência de viver em Luanda sem uma actividade profissional full time, por um curto período de tempo.
Ou seja: descanso bastantes horas, vou a uma ou duas reuniões por dia, e relembro o que é gerir uma casa num ambiente "hostil".
No 1º dia faltou a luz.
O jantarinho que a Bimby ia fazer sem esforço, transformou-se em 2 horas na cozinha, mas... prova superada.
O 1º dia útil na rua..... e demorei 2 horas a chegar a casa, num percurso que pode demorar 10 minutos.
Hoje terminou a água no depósito. Nada como fazer sopinha com água do Luso e usar na casa de banho água do esgoto do ar condicionado.
Por enquanto vai-se levando.
Mas é para não me esquecer.
A experiência tem que ser completa para dar mais valor às férias forçadas que tive, aos miminhos da família, à qualidade de vida que se tem em Portugal.
Resolvi fazer uma pequena experiência de viver em Luanda sem uma actividade profissional full time, por um curto período de tempo.
Ou seja: descanso bastantes horas, vou a uma ou duas reuniões por dia, e relembro o que é gerir uma casa num ambiente "hostil".
No 1º dia faltou a luz.
O jantarinho que a Bimby ia fazer sem esforço, transformou-se em 2 horas na cozinha, mas... prova superada.
O 1º dia útil na rua..... e demorei 2 horas a chegar a casa, num percurso que pode demorar 10 minutos.
Hoje terminou a água no depósito. Nada como fazer sopinha com água do Luso e usar na casa de banho água do esgoto do ar condicionado.
Por enquanto vai-se levando.
Mas é para não me esquecer.
A experiência tem que ser completa para dar mais valor às férias forçadas que tive, aos miminhos da família, à qualidade de vida que se tem em Portugal.
03/03/2012
Novo projecto
Esta semana iniciei um novo projecto profissional, em part-time.
Foi uma semana dura. Mas adoro desafios, aprender, conhecer pessoas e, se me pagarem por isso ainda melhor.
Para tudo na vida é preciso sorte, e a minha tem andado fugida. Espero que isso se reverta rápidamente, porque eu estou disposta a fazer tudo para que este projecto dê certo.
22/02/2012
A nova geração de tugas "angolanos"
Este fim de semana estive numa festa de aniversário de uma boa amiga portuguesa que vive em Angola há uns 4/5 anos.
Na festa quase todos eramos tugas. A grande maioria casais.
Todos os casais jovens tinham bebés com eles, de idades compreendidas entre os 6 meses e os 24.
Cinco casais com bebés, destes 2 já esperando o 2º filho e um outro esperando o 1º.
Será a nova geração de expatriados.
Os ciclos repetem-se.
14/02/2012
Rádio em Luanda
Dia 14 de Fevereiro
Entrevistas pela manhã em bancas de venda de presentes para os namorados
A destacar:
Entrevistas pela manhã em bancas de venda de presentes para os namorados
A destacar:
- "aqui muitos homens vêm e compram 2 e 3 presentes"
- "flores? não vendemos muitos porque muitas mulheres não aceitam flores, preferem dinheiro ou roupa"
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