09/08/2011

As férias dos emigras

"Não sei se sou a única que o sente, ou se é um sentimento partilhado por todos os que estão fora, de que as vindas de férias à pátria nem sempre têm bem sabor a férias. Isto porque, de cada vez que se vem, e independentemente do número de dias, há sempre uma série de obrigações sociais a cumprir que por vezes nos deixam muito poucos dias para fazer o que nos dá na real gana. Ele são as visitas protocolares a familiares e amigos, jantares e almoços obrigatórios, mais uns dias a tratar de burocracias ou o que quer que esteja pendente, e puf, uma pessoa até queria mesmo era chegar e pirar-se para a praia, ou passar tardes em esplanadas, e nada, qual quê. E mesmo assim é-se sempre criticada quando não se consegue ver toda a gente, porque não se ligou, ingrata que nem apareceu, egoísta de merda que decidiu ir os dois dias que sobravam para a praia em vez de visitar, esquecendo-se as pessoas de que somos apenas uma a tentar dividir-se por trinta num curto espaço de tempo, e que o telefonema pode também partir do outro lado. Por isso, e desde umas férias chatas como tudo e que pouco souberam a férias há uns anos, até porque findas as obrigações tinha todos os amigos espalhados pelo país de férias, e os que estavam por cá era porque trabalhavam, arranjando pouca companhia para a praia durante o dia, tento sempre tirar uma semana para ir para outro lado onde não haja absolutamente nenhuma obrigação que não seja ir à praia todos os dias, e eventualmente sair à noite, para que consiga ter a sensação de ter tido férias...."
D
Segundo a Luna http://horas-perdidas.blogspot.com/

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