17/12/2012

O Natal

Já houve tempos em que esperava ansiosamente o Natal.
Em que decorava uma casa, partilhava a lista de presentes, e ao longo do mês a árvore ia ficando escondida com embrulhos.
Quando me mudei para África tentei manter a tradição.
No primeiro ano decorei a casa. Mas os presentes já só decoraram uma árvore num outro continente e a lista não existiu pois era só minha.
No segundo ano o mês de Dezembro foi muito difícil a nível profissional. A decoração ficou esquecida, o voo foi muito próximo do Natal e os presentes comprados em tempo record sem qualquer lista.
Cada ano que passa o Natal tem menos significado.
Porque num país tropical não faz sentido, não existe o mesmo espirito. Só mesmo o de consumismo.
Porque a pressão da viagem e dos últimos dias de trabalho me desgastam muito.
Porque os dias que antecedem essa noite são passados a fazer compras e isso não é o mais importante da vida.
Porque do meu Natal já não farão parte pessoas que me fazem muita falta.
Vale pelo reencontro com a família, mas para isso não preciso Natal.
(porque apesar de resmungões, tenho a melhor família do mundo).
Vale pelo encontro com os amigos, mas os que o são verdadeiramente não é pelo facto de estar distante que não me acompanham.



 

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